EXPOSIÇÕES

Devotos e bandeiras

Coletivo olhares do cerrado

O sincretismo religioso em Goiás, ligado à colonização portuguesa e à presença africana, revela forte reflexo até os dias de hoje dessa realidade. Pirenópolis e a Cidade de Goiás talvez sejam as maiores expressões do tradicionalismo cristão, com as famosas Festas do Divino Espírito Santo, Cavalhadas e comemorações da Semana Santa, como a Procissão do Fogaréu. No entanto, por todo Goiás, fervilham expressões populares, como as Congadas em Catalão, a Romaria de Nossa Senhora do Muquém em Niquelândia. Em Trindade, o Santuário do Divino Pai Eterno reúne mais de 2 milhões de fieis, incluindo centenas de carreiros e seus carros de boi, sendo a segunda maior festa cristã do Brasil.

DEVOTOS E BANDEIRAS  trata de um de recorte fotográfico neste cenário, uma pesquisa visual a respeito da arte e religiosidade vivida em Goiás. De forma mais poética que documental, o Coletivo Olhares do Cerrado, há mais de 4 anos, fotografa estas manifestações e nesta mostra, revela na intimidade, expressões e reflexões simbólicas de seus devotos, suas bandeiras e suas crenças. Uma visualidade impregnada por aspectos etnográficos de Goiás, traduzindo um sentimento pastoril, singelo, idílico, sem deixar de ser universal. 

Curadoria: Wagner Araújo

A exposição permanece aberta gratuitamente ao público, das 09:00 às 22:00, até o dia 12/10/2017.

03/09/2017 - 20:30H ÀS 22:00H / Vila Cultural Cora Coralina

VEJA OUTRAS EXPOSIÇÕES

  • Luiz Braga

    Retumbante natureza humanizada

    Trata-se de uma edição profunda, que levou seis anos de pesquisa na obra do paraense Luiz Braga feita por Diógenes Moura. Recebeu o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de melhor exposição de fotografia, em 2014. Traz um conjunto com cerca de 100 imagens que privilegiam trabalhos realizados entre 1976 e 2014, tendo grande...

    [Ver +]
  • Márcio Vasconcelos

    Visões de um poema sujo

    Visões de um Poema Sujo não trata apenas de fotografia. Trata de existência. É uma procura dentro de um Poema Sujo que foi escrito em 1975, quando o poeta Ferreira Gullar estava no exílio. É como um retrato. E um retrato será sempre um veredicto. “Interpretar” um poema pode levar ao suicídio. É abismo, natureza em chamas. Ainda mais num...

    [Ver +]
  • Luis Elias

    Cora Coralina. Uma janela para o mundo

    Coralina, a doceira que desafiou as convenções de seu tempo na juventude, e ainda tornou-se poeta ao ultrapassar a barreira dos setenta anos de idade sendo assim identificada e louvada por Carlos Drummond de Andrade, tem o alcance que poucos merecem. Imagino que Cora consagrou-se porque seus poemas cantam a cultura da terra goiana, sua sociedade,...

    [Ver +]
  • Divino Sobral

    J. CRAVEIRO: O HOMEM, A CIDADE E A PAISAGEM

    A exposição monográfica J. Craveiro: o homem e sua cidade apresenta cerca de 60 fotografias executadas por um dos pioneiros da fotografia em Goiás: Joaquim Craveiro de Sá (Cidade de Goiás, 1885 - Goiânia, 1972). Amante da arte de fotografar, trabalhou entre 1911 e 1915 tendo como equipamento uma máquina Sanderson Tropical, de fabricação inglesa,...

    [Ver +]
  • Keith Tito

    Samuel Costa: Imagens do Brasil

    Samuel Costa foi um fotógrafo goiano, que na década de 1970, mudou-se para Paris e por lá se profissionalizou. Nesta tese ele é compreendido como sujeito histórico e social que durante o seu percurso, produziu imagens que dialogaram com o seu modo de ser e estar no mundo. O seu arquivo está sob a guarda do Museu da Imagem e do Som de Goiás. Possui...

    [Ver +]
  • Eustáquio Neves

    Fronteiras Cotidianas na Vida do Negro

    A ideia do deslocamento no meu trabalho está relacionada com o efeito das imagens de pessoas negras, imagens essas criadas para tornarem essas pessoas as vezes invisíveis ou menos humanas ao longo dos tempos, desde a invenção da fotografia e, busco com isso romper e descolonizar essa pratica como autor negro. O livro “Decolonizing the Câmera:...

    [Ver +]
  • Flávio de Lacerda Edreira

    I FORGET TO REMEMBER

    Eu acho que tive um sonho. Eu não me lembro. Eu não me lembro. Vivo sonhando acordado. Me perco. Tenho medo da minha própria memória. Tudo parece ser sempre tão estranho. Experimento constantemente sentimentos de familiaridade quando encontro uma imagem que compartilha semelhanças com algo que já vi ou vivi antes. É uma memória, uma cena ou...

    [Ver +]
  • Weimer de Carvalho Franco

    Viagem

    Série de fotografias, feitas durante a pandemia, mostra a circulação de automóveis em um trecho da BR-153, que liga Goiânia a Brasília....

    [Ver +]
  • Ana Póvoas

    Cotidiano – Onde não há grandes coisas a ver

    Benedito Teodoro dos Santos, Seu Bené, é o capitão da congada que se apresenta na cidade de Pirenópolis durante as festividades religiosas nos cortejos de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. Natural de Itaúna, MG, hoje vive em Ouro Verde- Go em uma casa simples. Esse ensaio fotográfico vai além do grupo de congada. Em casa, seu local cotidiano...

    [Ver +]
  • Cecilia Araújo

    Carreiros

    Em um cenário de globalização, onde a cultura dos grandes centros urbanos se coloca como hegemônica, grupos tradicionais e suas vivências são, geralmente, invisibilizados ou vistos como atrasados, pertencentes a uma temporalidade supostamente superada, à margem das sociabilidades consideradas legítimas....

    [Ver +]
  • Guilherme Soares de Albuquerque

    O corpo é bom para pensar

    O ano é 2020 e estou na Chapada dos Veadeiros, cerrado-território berço das águas localizado no Brasil central. Este é um ato auto performático da vontade de ser-estar natureza, mas como sendo meu próprio corpo a paisagem que se degrada de entulhos, lixos e carcaças rejeitadas em meio ao caminho que ora se apresentam como desvios pelos quais...

    [Ver +]
  • Curadoria de Bruno Vilela e Guilherme Cunha

    IMAGENS RESOLUTIVAS

    A Exposição é constituída a partir da produção contemporânea da imagem fotográfica, sendo composta por obras produzidas por artistas de diferentes contextos e países....

    [Ver +]