Na década de 1980, o desenvolvimento sem precedente das instituições de exposição, trouxe olhares renovados, bem como metodologias e investigações universitárias repensadas por meio do nascimento dos estudos museológicos. O início do século XXI foi marcado pelo surgimento, no campo dos estudos fotográficos, de uma nova instância cujo âmbito pretendeu investigar as especificidades dos suportes e os contextos de exposição da imagem. A exposição está quase sempre definida pela apresentação das imagens ao coletivo, no meio de diferentes espaços e notavelmente, desde a modernidade, em um espaço público cujas particularidades precisam ser estudadas. Será que esse espaço diz respeito ainda a um lugar que vem mediar a sociedade e as suas contradições, um lugar em que os interesses privados se juntam para enfrentar questões de interesse comum? Ou será que as exposições se tornaram lugares limiares em que essa dialética viva não faz mais sentido? Em outras palavras, podemos ainda pensar as exposições enquanto ferramentas de emancipação?
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